domingo, 30 de maio de 2021

Enésimo dia de quarentena

Já se passaram mais de 365 dias que estamos vivendo essa loucura de home office, home school e home tudo mais. Dias e mais dias em frente a um computador, conversando com pessoas, fazendo reuniões e tendo aulas. Exceto nos domingos, porque domingo é o dia de pôr em dia aquele De Férias com o Ex ou aquela série da plataforma de streaming com logo vermelha que não nos patrocina. 

Primeiro, a gente acreditou que passaria apenas alguns dias em casa. Os dias tornaram-se semanas, meses e, agora, estão se tornando anos. Depois de um tempo, apareceu – e ainda aparece, de vez em quando – aquela gente com papo coach de "Newton fez descobertas durante a pandemia da época dele" blá blá blá. Calma, não é um problema não realizar grandes descobertas enquanto estivermos em pandemia. Não é um problema ter dias improdutivos durante esses tempos de exceção. Na verdade, isso é mais normal do que parece, afinal estamos vivendo momentos nada fáceis. Não está sendo fácil conviver com o risco de perder alguém e de adoecer a qualquer momento com uma doença sem tratamento. São tantas preocupações e ansiedades que o Rivotril nem funciona mais. 

Agora, as saídas de casa tornarem-se deslizes na tela do celular entre um app e outro. Confesso que dá vontade de ir à praia, às vezes. Também bate saudades de sair com os amigos. Mas... Não dá neste momento. É melhor fazer uma home party, que é muito mais seguro enquanto não estiver todo mundo vacinado. Falando em vacina, que vontade de uma Pfizer geladinha, né, minha filha? 

Enfim, brincadeiras à parte, a situação do brasileiro está bem difícil. Enquanto não melhora, vou ficando em casa mesmo. Já faz tanto tempo que não saio que até acho que as paredes são minhas amigas. Vez ou outra, rola uma conversinha com as cadeiras também. Bom, o assunto está legal, mas tenho que ir porque a louça e as roupas não vão se lavar sozinhas (bem que podiam, né?).


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Espero que tenha gostado dessa croniquinha e até a próxima! :)

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