terça-feira, 25 de fevereiro de 2020

Da perfeição ao caos sentimental

Já perdia o controle dos meus sentimentos e não sabia mais a distinção entre azul e vermelho, tudo só parecia cinza. Nada tinha mais cor: nem as músicas, nem as artes, nem as ciências, nem os teus olhos. Nada tinha mais sabor: nem o doce, nem o fel, nem o amargo da tua boca. Tudo resumia-se a nada. Não tinha mais sentido, nem prazer. Eu, no meio de todo o caos, perdi também a minha razão e ideologias. Sem querer, perdi o meu eu dentro do teu.




Não sabia quem eu era e, muito menos, como controlar tudo aquilo que, naquele ponto, já estava incontrolável. Nada fazia sentido. Não podia mais descrever, nem escrever; não tinha mais forças. Os poemas tornaram-se monótonos e os dias cada vez mais cansativos. As músicas, tristes e os estrofes, sem sentido. 

Li livros de autoajuda, mas de nada adiantaram. Lá dentro eu sabia que o que me faltava era você, sua companhia, seus abraços, suas piadas e suas críticas. Entendia ainda que meu coração queria estar perto do seu... Entretanto, infelizmente, tudo teve que terminar assim: meu coração, partido, e você, nos braços dele.

Aconteceu tudo muito rápido. Em um momento eu te tinha e, no outro, tudo se acabara. O que era um arco-íris tornara-se cinzas de um vulcão. O que era romance tornara-se terror. O que era doce tornara-se amargo. O que era amor tornara-se angústia. Felizmente eu sabia que tudo isso era passageiro. A nossa história era digna de um filme, só faltou você colaborar.

Você era tão bela, jovem borboleta. Hoje, meu jardim sem você não é o mesmo.

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Espero que tenha gostado😊
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