Tanta gente indo e vindo
Sem sentido, nem sentindo
Gente mentindo, gente fingindo
Gente azul e branca
Não entendo tantas razões se, na verdade, não há
Perco-me nos meus sentidos sem sentido e emoções sem objetivos
Elas perdem-se em seus fingimentos e ações objetivas
Perco-me no sentido dos olhos dele
Nunca me perdi tão bem
Nunca me senti tão bem
Na loucura que era a vida
Na tristeza que é a vida
Um homem só pediu atenção
Julgado pelos olhos hipócritas
Hipócritas todos de branco
Todos de celular
Todos de sapatos ou tênis
Todos na mesma fila
E eu, ali, no meio de tudo
No meio da realidade
Sentindo como é amargo o sabor da realidade
Eu só queria poder sair dali mais uma vez
E através dos olhos dele
Sentir tudo
Sentir que nada daquilo é real
Infelizmente, só os olhos dele me tiravam dali.
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