sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Sou um assassino

Lá estava minha gata, apelidada carinhosamente como "Minha Gata", brincando com um lagarto, parecia satisfeita e ele vivo, mas havia um problema: Lagartos são estranhos e animais não amigáveis aos olhos humanos! Não entendo o porquê, contudo minha reação foi matar o ser, sem dar a este nenhuma chance. Assassinado cruelmente por motivos idiotas...


Sinceramente, acho que eu devia ser vegetariano, pois eu não me dou bem com a história de comer seres por sobrevivência, por outro lado carne é muito bom, não a abandonarei! Minha crueldade e frieza foram por motivos tolos, fazendo-me refletir alguns pontos: Quem sou eu para matar um lagarto? Uma barata? Sou mais valioso que eles? Simplesmente porque não me sinto bem com uma criatura perto de mim vou matá-la? Perguntas cruéis e difíceis.

Tentei inferiorizar-me. Imaginei alienígenas MUITO inteligentes invadindo o planeta Terra e nos tratando como insetos, apenas pelo fato de não sermos desenvolvidos suficientes para estarmos na sociedade deles. Absurdamente triste, porém pensamento útil. Levando em consideração desenvolvimento, não podemos julgar nada, pois só estou vivo hoje graças à um conjunto de fatores possibilitadores e um deles foi ser uma simples, pouco desenvolvida e nem menos importante, célula. Quer dizer que por ser mais desenvolvido, tenho direito de matar? O que deu em mim de sair matando lagartos inocentes? Não sei. 

Então, enquanto passavam dezenas de perguntas na minha cabeça, minha gata cheirou-o e saiu, ele meche-se. Pensei: Ele está vivo? Entretanto, ali seria o ponto final, lugar onde tudo e todos acabam, na verdade, quase acabam. A matéria fará parte de outros corpos, mas para o vivo não tem jeito, eu acho que ali é o último ponto final.

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